terça-feira, 22 de janeiro de 2008

TU..




Ás vezes deixamos escapar assim um sorriso, mesmo não sabendo porquê.
Mas eu sei sempre porque rio, ou sorrio, e quero seguir esses teus caminhos, tão cheios de incerteza, e quero-me perder por ai, nesse labirinto de dúvidas e sei lá o quê. Porque és tu que tantas vezes me enches de fôlego.. quando não quero sequer respirar.
E dizem por ai tantas vezes, como ditado Português que nos enche de Fado, tantas coisas bonitas que nos enchem o coração, mas eu digo-te a ti que
‘Tu fazes-me sorrir, mesmo quando tento ficar séria.
Tu fazes corar as minhas bochechas, fazes arder o meu peito, fazes cerrar as minhas mãos.
Tu fazes-me correr, mesmo que não queira passar do mesmo passo.
Tu fazes-me gritar, tu fazes arrefecer a minha barriga, fazes aquecer tudo quando eu tenho frio.
Eu quero mais de ti. Eu quero mais de nós.
Eu quero mais disto que me alenta e preenche o coração.
Quero mais estes dias de nós em que não tenho vontade de ir dormir, quero mais desta diversão, desta nossa vida em que me sinto tão feliz.
Quero para sempre o sol e quero para sempre a lua. Porque eles me lembram de nós.’
E que invasão é esta no meu peito? No meu coração? Que não me deixa dormir, nem sequer descansar?
E que infindáveis palavras bonitas e cheiro a perfume é esse que não me deixa fechar os olhos e esquecer-me e esquecer-me..
E que sossego entra no meu coração mas depois me arrebita o ser?
E que calçadas são estas? Cheias de ti? Por ai, por ai..
Que sangue meu é este? Que me circula nas veias e pulsa o veneno de ti?
Que marcas na pele? Que pegadas na areia? Que suor? Que tantas nuvens hão de passar contigo sempre por perto?
E o que é isto que me sustenta tanto de mim, de ti, de nós?
Não sei o que é.. Mas não é banal, é bonito e arrepia-me a pele como os teus nós dos dedos quando me tentas tocar.
E eu gosto é de nós assim, desta paixão que não me cala nem deixa morrer.
Pelo menos de saudades tuas..

Gosti